19 Maio 2019
O VOLP (que é o vocabulário ortográfico da língua portuguesa) registra RÉVEILLON, com acento, e indica que se trata de um substantivo masculino de origem francesa.
Oficialmente, ainda não há registros de nenhuma forma aportuguesada (como reveion ou reveião).
Além da ortografia, também se discute a necessidade de que a primeira letra seja escrita em caixa alta. Como o Novo Acordo Ortográfico recomenda que nomes de festa sejam escritos com letra inicial maiúscula, devemos preferir “Réveillon” (exemplo: “Onde você costuma passar o Réveillon?”).
Outro detalhe é que, por ser um estrangeirismo usado em sua forma original (sem aportuguesamento), indica-se que o termo seja escrito em itálico (quando possível) ou entre aspas.
E você, como escreve?

O VOLP (que é o vocabulário ortográfico da língua portuguesa) registra RÉVEILLON, com acento, e indica que se trata de um substantivo masculino de origem francesa. Oficialmente, ainda não há registros de nenhuma forma aportuguesada (como reveion ou reveião). Além da ortografia, também se discute a necessidade de que a primeira letra seja escrita em […]

Leia mais

escrito por

Nossa missão é combater o preconceito linguístico e dar dicas sobre o padrão da língua, que todos têm o direito de conhecer.



4 Maio 2019

Desde que criamos o Português é legal, em 2012, trabalhamos com a missão de compartilhar conhecimentos de maneira clara e gratuita quase diariamente.
No entanto, muitos leitores ainda sentiam falta de ter a oportunidade de participar de um projeto mais fechado, com começo, meio e fim, e de ter a chance de interagir conosco diretamente para dar um gás no português de uma vez por todas. Ouvindo essas pessoas ao longo dos anos, reunimos ideias e desenvolvemos o curso de Atualização Gramatical, uma revisão bem abrangente dos principais conteúdos de língua portuguesa. Fizemos um criterioso trabalho de seleção de conteúdos e disponibilizamos vídeo-aulas, atividades, gabaritos comentados e materiais complementares para que os alunos possam seguir uma rotina de estudos já delineada por nós. O acesso ao curso dura dois anos a fim de que todos os conteúdos possam ser revistos quantas vezes o aluno quiser. Afinal de contas, esperamos que todos aprendam pra vida, e não simplesmente pra fazer alguma prova e esquecer tudo depois. Informe-se e aproveite a oferta de lançamento: www.portuguespravida.com.br.

Desde que criamos o Português é legal, em 2012, trabalhamos com a missão de compartilhar conhecimentos de maneira clara e gratuita quase diariamente. No entanto, muitos leitores ainda sentiam falta de ter a oportunidade de participar de um projeto mais fechado, com começo, meio e fim, e de ter a chance de interagir conosco diretamente para […]

Leia mais

escrito por

Nossa missão é combater o preconceito linguístico e dar dicas sobre o padrão da língua, que todos têm o direito de conhecer.



30 Janeiro 2019

Antes de falarmos do “fui ao mossar”, façamos um exercício.

Leia as palavras a seguir:
sékiço
cécso
séquisso
sécço
cékiço

Imagino que qualquer pessoa alfabetizada, mesmo com um pouco de dificuldade ou estranhamento, tenha reconhecido “sexo” em todas as ocorrências acima.

Isso acontece porque existem diversas POSSIBILIDADES sobre como escrever uma palavra, embora somente uma tenha sido ELEITA como correta. É isso que chamamos de CONVENÇÃO.
A convenção é um combinado, um acordo, um trato.

Se uma noiva decidiu que as madrinhas devem usar vestidos rosa (sem plural!) na cerimônia, isso é uma convenção. Não significa que um vestido verde seja inerentemente errado. Significa apenas que, naquele universo, por não ter sido eleito como a opção correta, ele não será visto com bons olhos.
Acontece o mesmo com a ortografia!

Não dá pra dizer que a ortografia seja totalmente aleatória, mas os critérios variam (há grafias que se justificam com base em etimologia, e outras que se justificam com base em critérios fonéticos, por exemplo). De todo modo, como não há um único critério, o que acaba valendo no final é conhecer a convenção, mesmo que a gente não saiba os porquês.
Por que escrevemos “casa” e não “kaza”?
Por que “excesso” e não “eceço”?
Por que “exigir” e não “ezijir”?
Por que “ficção” e não “fiquissão”?

(Aviso aos navegantes: se os olhos “doem” ao ler a palavra com a grafia diferentona, o único motivo é a falta de costume.)

O que eu quero dizer com tudo isso?

Sei que um dos meus papéis em uma sala de aula, mesmo que virtual, é ensinar as convenções.
Mas não podemos deixar de admitir que a escrita “fui ao mossar” é resultado de UMA SÉRIE DE HIPÓTESES CORRETAS.
O verbo IR de fato exige a preposição A: fui ao cartório, fui à biblioteca, fui ao restaurante.
“Mossar” e “moçar” têm sons idênticos.
Quem está pouco familiarizado com a escrita pode concluir que “fui ao jantar” e “fui ao mossar” são construções análogas.
Ou seja, a escrita inesperada tem seu charme e sua graça, mas não demonstra burrice nem ignorância, como se costuma imaginar. Pelo contrário: demonstra que o falante desconhece essa convenção específica, mas conhece várias regras/regularidades da língua. E demonstra também que a língua é cheia de possibilidades. A gente é que se acostumou a tratá-la como algo homogêneo, talvez pra simplificar.
Será?

Antes de falarmos do “fui ao mossar”, façamos um exercício. Leia as palavras a seguir: sékiço cécso séquisso sécço cékiço Imagino que qualquer pessoa alfabetizada, mesmo com um pouco de dificuldade ou estranhamento, tenha reconhecido “sexo” em todas as ocorrências acima. Isso acontece porque existem diversas POSSIBILIDADES sobre como escrever uma palavra, embora somente uma […]

Leia mais

escrito por

Nossa missão é combater o preconceito linguístico e dar dicas sobre o padrão da língua, que todos têm o direito de conhecer.



29 Dezembro 2017

BEBEDOURO é o nome daquele aparelho com água encanada com um pequeno jato. É, portanto, o lugar onde se bebe água.

O sufixo DOURO tem origem latina e costuma indicar um lugar onde se realiza uma determinada ação. Outros exemplos seriam COMEDOURO (lugar ou recipiente onde os animais se alimentam), SUMIDOURO (abertura por onde algo se escoa ou some), MIRADOURO (o mesmo que mirante; lugar de onde se observa algo) e MATADOURO (lugar onde gados são abatidos).

Outro sufixo que também tem ideia de lugar é TÓRIO, como sanatório, escritório, refeitório, consultório etc.

A palavra BEBEDOR indica aquele que bebe. O sufixo DOR costuma expressar o agente de uma ação, como em narrador, mobilizador, lavrador, mediador, pacificador, coordenador, provedor, caçador, predador, vencedor, consumidor, traidor, orientador, morador etc.

No entanto, a troca de sufixos é comum na língua popular. Por exemplo: o ESCORREGADOR não é a pessoa que escorrega e sim o lugar onde se escorrega. O CORREDOR pode não ser somente a pessoa que corre, mas também um lugar estreito em casas e prédios. Ou seja, nem sempre a fronteira semântica é tão rígida assim.

BEBEDOURO é o nome daquele aparelho com água encanada com um pequeno jato. É, portanto, o lugar onde se bebe água. O sufixo DOURO tem origem latina e costuma indicar um lugar onde se realiza uma determinada ação. Outros exemplos seriam COMEDOURO (lugar ou recipiente onde os animais se alimentam), SUMIDOURO (abertura por onde algo […]

Leia mais

escrito por

Nossa missão é combater o preconceito linguístico e dar dicas sobre o padrão da língua, que todos têm o direito de conhecer.