8 Fevereiro 2020

Um poeta escreveu “Entre doidos e doídos, prefiro não acentuar”.
Às vezes, não acentuar parece mesmo a solução.
Eu, por exemplo, prefiro a carne ao carnê.
Assim como, obviamente, prefiro o coco ao cocô.
No entanto, nem sempre a ausência do acento é favorável…
Pense no cágado, por exemplo, o ser vivo mais afetado quando alguém pensa que o acento é mera decoração.
E há outros casos, claro.
Eu não me medico; eu vou ao médico.
Quem baba não é a babá.
Você precisa ir à secretaria para falar com a secretária.
Será que a romã é de Roma?
E você, prefere ser uma pessoa vívida ou vivida?
Seus pais vêm do mesmo país?
Seria maio o mês mais apropriado para colocar um maiô?
Quem sabe mais entre a sábia e o sabiá?
O que tem a pele do Pelé?
O que há em comum entre o camelo e o camelô?
O que será que a fábrica fabrica?
E tudo que se musica vira música?
Será melhor lidar com as adversidades da conjunção “mas” ou com as más pessoas?
Será que tudo que eu valido se torna válido?
Melhor doidos que doídos?
E entre o “amem” e o “amém”, que tal os dois?
Na dúvida, com um pouquinho de contexto, garanto que o público pode entender aquilo que publico.
E paro por aqui, pois esta lista já está longa.

[Carolina Pereira]
@carolinajesper

*O trecho citado na primeira linha é de @matetrotamundo.
*Via @portugueselegal.
*Para cursos, siga @portuguespravida.cursos.

 

 

 

Texto de 08.02.2020 disponível em <www.portugueselegal.com.br/sobre-acentos>.

Um poeta escreveu “Entre doidos e doídos, prefiro não acentuar”.
Às vezes, não acentuar parece mesmo a solução.
Eu, por exemplo, prefiro a carne ao carnê.
Assim como, obviamente, prefiro o coco ao cocô.
No entanto, nem sempre a ausência do acento é favorável…
Pense no cágado, por exemplo, o ser vivo mais afetado quando alguém pensa que o acento é mera decoração.
E há outros casos, claro.
Eu não me medico; eu vou ao médico.
Quem baba não é a babá.
Você precisa ir à secretaria para falar com a secretária.
Será que a romã é de Roma?
E você, prefere ser uma pessoa vívida ou vivida?
Seus pais vêm do mesmo país?
Seria maio o mês mais apropriado para colocar um maiô?
Quem sabe mais entre a sábia e o sabiá?
O que tem a pele do Pelé?
O que há em comum entre o camelo e o camelô?
O que será que a fábrica fabrica?
E tudo que se musica vira música?
Será melhor lidar com as adversidades da conjunção “mas” ou com as más pessoas?
Será que tudo que eu valido se torna válido?
Melhor doidos que doídos?
E entre o “amem” e o “amém”, que tal os dois?
Na dúvida, com um pouquinho de contexto, garanto que o público pode entender aquilo que publico.
E paro por aqui, pois esta lista já está longa.

[Carolina Pereira]
@carolinajesper

*O trecho citado na primeira linha é de @matetrotamundo.
*Via @portugueselegal.
*Para cursos, siga @portuguespravida.cursos.

 

 

 

Texto de 08.02.2020 disponível em <www.portugueselegal.com.br/sobre-acentos>.

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Nossa missão é combater o preconceito linguístico e dar dicas sobre o padrão da língua, que todos têm o direito de conhecer.



Comentários


Camilla monteiro

Gostei muito deste poema

DÉCIO MAURILO GALVÃO VILAS BOAS

Gostaria de receber matérias do PORTUGUÊS É LEGAL

Volmir Ricardo Massena

Amei esse site.

Pedro Franco

Adorei o poema! Utilizei na minha aula de português para estrangeiros, os estudantes adoraram e se divertiram muito.
Compartilhei com eles o link do site para que possam continuar se divertindo aqui com você, Carol.
Obrigado pelo trabalho brilhante!


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