7 Março 2022

Dias atrás, compartilhei uma postagem de outro perfil com uma frase motivacional relacionada à possibilidade de mudarmos de “opnião” (com o termo escrito assim).

🧐 Ao compartilhar a imagem, recebi uma mensagem que dizia “Opnião? O que é isso? Não conheço essa palavra!”. Bem, não conheço todos os obstáculos cognitivos que podem levar alguém a não ser capaz de relacionar “opnião” e “opinião”, mas considerei que essa pudesse ser a causa da mensagem (embora eu e você saibamos que a chance de a pessoa simplesmente ter tido má vontade por ter identificado o desvio ortográfico é maior).

🤔 Pode ter sido um erro de digitação? Sim. Pode ter sido uma confusão comum de grafia, já que, no Brasil, consoantes não seguidas de vogal em fim de sílaba (como em caraCterizar, helicóPtero, Pneu) costumam ser pronunciadas na fala com uma vogal de apoio? Ah, se pode!

👉 Ontem no Twitter li um relato sobre uma pessoa alegar não ter identificado o termo “pix” ao ler a frase “me passa seu pox”. Considerando que a mensagem não foi exibida em um telão qualquer no meio da rua, fora de uma situação comunicativa, vejamos alguns fatores:

1) A frase contendo “pox” faz parte de um diálogo ocorrido em um contexto específico, no qual suponho que fizesse sentido falar sobre dinheiro;

2) É limitada a quantidade de opções pertinentes para completar a frase “Me passa seu ___”;

3) É limitada a quantidade de correções possíveis para uma palavra que saiu como “pox” sem querer.

🌟 Se a comunicação é uma via de mão dupla, como acreditamos, não basta esperar que o emissor da mensagem fale/escreva sempre “direito” (até porque todo mundo erra, como diz uma canção popular brasileira). O leitor também deve participar ativamente da construção de sentidos e levantar hipóteses se a mensagem parecer turva.

🔥 A que serve se apegar a um pequeno desvio ortográfico em vez de privilegiar o conteúdo, que é SEMPRE soberano? Não é melhor ser generoso com o autor que cometeu um deslize e, apesar disso, focar no significado? Será que reler as mensagens (em vez de disparar questionamentos) não esclareceria a intenção por trás de “pox” e “opnião”?

Bora construir uma #comunicaçãogentil na internet e na vida?

Conheça o curso de Atualização Gramatical

Dias atrás, compartilhei uma postagem de outro perfil com uma frase motivacional relacionada à possibilidade de mudarmos de “opnião” (com o termo escrito assim).

🧐 Ao compartilhar a imagem, recebi uma mensagem que dizia “Opnião? O que é isso? Não conheço essa palavra!”. Bem, não conheço todos os obstáculos cognitivos que podem levar alguém a não ser capaz de relacionar “opnião” e “opinião”, mas considerei que essa pudesse ser a causa da mensagem (embora eu e você saibamos que a chance de a pessoa simplesmente ter tido má vontade por ter identificado o desvio ortográfico é maior).

🤔 Pode ter sido um erro de digitação? Sim. Pode ter sido uma confusão comum de grafia, já que, no Brasil, consoantes não seguidas de vogal em fim de sílaba (como em caraCterizar, helicóPtero, Pneu) costumam ser pronunciadas na fala com uma vogal de apoio? Ah, se pode!

👉 Ontem no Twitter li um relato sobre uma pessoa alegar não ter identificado o termo “pix” ao ler a frase “me passa seu pox”. Considerando que a mensagem não foi exibida em um telão qualquer no meio da rua, fora de uma situação comunicativa, vejamos alguns fatores:

1) A frase contendo “pox” faz parte de um diálogo ocorrido em um contexto específico, no qual suponho que fizesse sentido falar sobre dinheiro;

2) É limitada a quantidade de opções pertinentes para completar a frase “Me passa seu ___”;

3) É limitada a quantidade de correções possíveis para uma palavra que saiu como “pox” sem querer.

🌟 Se a comunicação é uma via de mão dupla, como acreditamos, não basta esperar que o emissor da mensagem fale/escreva sempre “direito” (até porque todo mundo erra, como diz uma canção popular brasileira). O leitor também deve participar ativamente da construção de sentidos e levantar hipóteses se a mensagem parecer turva.

🔥 A que serve se apegar a um pequeno desvio ortográfico em vez de privilegiar o conteúdo, que é SEMPRE soberano? Não é melhor ser generoso com o autor que cometeu um deslize e, apesar disso, focar no significado? Será que reler as mensagens (em vez de disparar questionamentos) não esclareceria a intenção por trás de “pox” e “opnião”?

Bora construir uma #comunicaçãogentil na internet e na vida?

Conheça o curso de Atualização Gramatical

escrito por

Nossa missão é combater o preconceito linguístico e dar dicas sobre o padrão da língua, que todos têm o direito de conhecer.



Comentários


Deixe seu comentário: