7 Março 2022

Oficialmente, recomenda-se que os nomes próprios respeitem as normas ortográficas da língua portuguesa. Na prática, vemos muitos nomes que não seguem, por exemplo, nem mesmo as regras de acentuação (nomes comuns, como “Taís”, “Laís”, Pâmela”, “Túlio” etc. são frequentemente escritos sem acentuação, e isso não interfere no modo como são pronunciados).

Nas imagens desta postagem, vemos que os cartórios brasileiros registram composições muito criativas, feitas com estratégias variadas (aportuguesamento de nomes estrangeiros, mistura de nomes dos pais, uso decorativo de letras como Y, W, K, H, apropriação de substantivos de outras áreas etc.).

Como esse assunto gera muitas dúvidas, quero dar uma resposta para algumas perguntas frequentes que vocês enviam:

🤔 “Meu nome é Andréia, com acento, mas a nova ortografia recomenda que não se use acento, como na palavra ‘ideia’. Devo alterar meu nome?”
Não é necessário. O que vale é a forma como ele foi registrado.

🤔 “Gostaria de nomear meu filho com uma combinação do meu nome e do meu marido. Posso fazer isso?”
No Brasil, sim. Os cartórios devem desaconselhar apenas os nomes que possam gerar constrangimento para a criança futuramente, mas não há uma lista de nomes permitidos/proibidos (como existe em Portugal, por exemplo).

🤔 “Estou grávida e não sei se o nome que escolhi deve ter acento ou não. Devo procurar um professor de português?”
É uma opção dos pais seguir ou não as regras ortográficas da língua. Essa é uma possibilidade, mas os cartórios farão o registro independentemente desse critério.

👉 O que eu considero mais importante que seguir regras ortográficas é garantir a escolha de um nome que não exponha a criança ao ridículo e não a obrigue a lidar com problemas no futuro. Ao mesmo tempo, muitas pessoas que têm nomes singulares apreciam isso, então a escolha requer reflexão e bom-senso dos pais. (Ei! O “hífen” em “bom-senso” não é consensual, viu? Polêmicas da língua…)

🌟 Para tirar dúvidas com os professores do Português é legal, conheça o curso de Atualização Gramatical!

Oficialmente, recomenda-se que os nomes próprios respeitem as normas ortográficas da língua portuguesa. Na prática, vemos muitos nomes que não seguem, por exemplo, nem mesmo as regras de acentuação (nomes comuns, como “Taís”, “Laís”, Pâmela”, “Túlio” etc. são frequentemente escritos sem acentuação, e isso não interfere no modo como são pronunciados). Nas imagens desta postagem, […]

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Nossa missão é combater o preconceito linguístico e dar dicas sobre o padrão da língua, que todos têm o direito de conhecer.



7 Março 2022

A língua portuguesa é legal? Depende do que você está chamando de “língua portuguesa”. 😊

 

 

 

 

Imagem original: @genildoronchi
Texto: @portugueselegal

A gramática normativa também pode ser legal, e certamente estudá-la é um bom caminho para melhorar nossa comunicação. Mas ela é só um pedacinho do que se costuma chamar de “língua”. 🌟

A língua portuguesa é legal? Depende do que você está chamando de “língua portuguesa”. 😊         Imagem original: @genildoronchi Texto: @portugueselegal A gramática normativa também pode ser legal, e certamente estudá-la é um bom caminho para melhorar nossa comunicação. Mas ela é só um pedacinho do que se costuma chamar de “língua”. 🌟

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7 Março 2022

Dias atrás, compartilhei uma postagem de outro perfil com uma frase motivacional relacionada à possibilidade de mudarmos de “opnião” (com o termo escrito assim).

🧐 Ao compartilhar a imagem, recebi uma mensagem que dizia “Opnião? O que é isso? Não conheço essa palavra!”. Bem, não conheço todos os obstáculos cognitivos que podem levar alguém a não ser capaz de relacionar “opnião” e “opinião”, mas considerei que essa pudesse ser a causa da mensagem (embora eu e você saibamos que a chance de a pessoa simplesmente ter tido má vontade por ter identificado o desvio ortográfico é maior).

🤔 Pode ter sido um erro de digitação? Sim. Pode ter sido uma confusão comum de grafia, já que, no Brasil, consoantes não seguidas de vogal em fim de sílaba (como em caraCterizar, helicóPtero, Pneu) costumam ser pronunciadas na fala com uma vogal de apoio? Ah, se pode!

👉 Ontem no Twitter li um relato sobre uma pessoa alegar não ter identificado o termo “pix” ao ler a frase “me passa seu pox”. Considerando que a mensagem não foi exibida em um telão qualquer no meio da rua, fora de uma situação comunicativa, vejamos alguns fatores:

1) A frase contendo “pox” faz parte de um diálogo ocorrido em um contexto específico, no qual suponho que fizesse sentido falar sobre dinheiro;

2) É limitada a quantidade de opções pertinentes para completar a frase “Me passa seu ___”;

3) É limitada a quantidade de correções possíveis para uma palavra que saiu como “pox” sem querer.

🌟 Se a comunicação é uma via de mão dupla, como acreditamos, não basta esperar que o emissor da mensagem fale/escreva sempre “direito” (até porque todo mundo erra, como diz uma canção popular brasileira). O leitor também deve participar ativamente da construção de sentidos e levantar hipóteses se a mensagem parecer turva.

🔥 A que serve se apegar a um pequeno desvio ortográfico em vez de privilegiar o conteúdo, que é SEMPRE soberano? Não é melhor ser generoso com o autor que cometeu um deslize e, apesar disso, focar no significado? Será que reler as mensagens (em vez de disparar questionamentos) não esclareceria a intenção por trás de “pox” e “opnião”?

Bora construir uma #comunicaçãogentil na internet e na vida?

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Dias atrás, compartilhei uma postagem de outro perfil com uma frase motivacional relacionada à possibilidade de mudarmos de “opnião” (com o termo escrito assim). 🧐 Ao compartilhar a imagem, recebi uma mensagem que dizia “Opnião? O que é isso? Não conheço essa palavra!”. Bem, não conheço todos os obstáculos cognitivos que podem levar alguém a […]

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25 Janeiro 2022

Oficialmente, recomenda-se que os nomes próprios respeitem as normas ortográficas da língua portuguesa. Na prática, vemos muitos nomes que não seguem, por exemplo, nem mesmo as regras de acentuação (nomes comuns, como “Taís”, “Laís”, Pâmela”, “Túlio” etc. são frequentemente escritos sem acentuação, e isso não interfere no modo como são pronunciados).

Os cartórios brasileiros registram composições muito criativas, feitas com estratégias variadas (aportuguesamento de nomes estrangeiros, mistura de nomes dos pais, uso decorativo de letras como Y, W, K, H, apropriação de substantivos de outras áreas etc.).

Como esse assunto gera muitas dúvidas, quero dar uma resposta para algumas perguntas frequentes que vocês enviam:

“Meu nome é Andréia, com acento, mas a nova ortografia recomenda que não se use acento, como na palavra ‘ideia’. Devo alterar meu nome?”
Não é necessário. O que vale é a forma como ele foi registrado.

“Gostaria de nomear meu filho com uma combinação do meu nome e do meu marido. Posso fazer isso?”
No Brasil, sim. Os cartórios devem desaconselhar apenas os nomes que possam gerar constrangimento para a criança futuramente, mas não há uma lista de nomes permitidos/proibidos (como existe em Portugal, por exemplo).

“Estou grávida e não sei se o nome que escolhi deve ter acento ou não. Devo procurar um professor de português?”
É uma opção dos pais seguir ou não as regras ortográficas da língua. Essa é uma possibilidade, mas os cartórios farão o registro independentemente desse critério.

O que eu considero mais importante que seguir regras ortográficas é garantir a escolha de um nome que não exponha a criança ao ridículo e não a obrigue a lidar com problemas no futuro. Ao mesmo tempo, muitas pessoas que têm nomes singulares apreciam isso, então a escolha requer reflexão e bom-senso dos pais. (Ei! O “hífen” em “bom-senso” não é consensual, viu? Polêmicas da língua…)

E você, tem dúvidas sobre esse assunto? Também tem um nome “diferentão”?

Veja um vídeo bem completo sobre o assunto:

Oficialmente, recomenda-se que os nomes próprios respeitem as normas ortográficas da língua portuguesa. Na prática, vemos muitos nomes que não seguem, por exemplo, nem mesmo as regras de acentuação (nomes comuns, como “Taís”, “Laís”, Pâmela”, “Túlio” etc. são frequentemente escritos sem acentuação, e isso não interfere no modo como são pronunciados). Os cartórios brasileiros registram […]

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